Ilha de Raviera


SINOPSE

    Há aproximadamente setenta anos, a comunidade LGBT brasileira resolveu construir seu próprio porto-seguro; um lugar onde fosse devolvida a humanidade que lhes fora roubada. Esta é a Ilha de Raviera. Rafa, um menino de quinze anos, doce, introvertido e muito observador, foge de casa e descobre na Ilha um novo lar. Ao pisar na balsa, descobre uma realidade invertida na qual, surpreendentemente, encaixa-se. O mesmo não acontece com seu melhor amigo, Vitor, que, por ser heterossexual, sente na pele o que as pessoas LGBTs sentem lá fora.
    Nesse sentido, Raviera guarda segredos sombrios: uma organização criminosa, a Efígie de Raviera, com um senso de justiça nojento e vingativo, persegue os heterossexuais que se aventuram a viver na Ilha. Ainda que os próprios moradores da Ilha tenham conseguido, pela vontade da maioria, extinguir esta organização horrenda, há vários vestígios que sugerem o contrário.
    Por outro lado, esta nova realidade permite que Rafa se aceite e se compreenda por completo, fazendo de seus amigos a sua própria família, todos demasiadamente humanos. Ele aprende que o amor, que lhe fora negado até então, também é para ele, e que sua família não é menos família por ser formada por pessoas de mesmo gênero.
    Este não é um livro como os que podem ser encontrados nas prateleiras da livraria mais próxima. Não há magos, dragões, tampouco agitadas cenas de ação. Rafa não é nenhum super-herói. É apenas um garoto normal, e talvez seja justamente isso que faça dele tão especial: saber que não é uma anomalia da natureza, que é um menino como qualquer outro.

    Ilha de Raviera foi escrita durante três anos por um adolescente que, procurando descobrir-se, criou como válvula de escape uma sociedade na qual fosse aceito por inteiro. Com isso, deu forma — e vida — a personagens muito carismáticos, abordando questões como a constituição familiar, o peso social que possuem os relacionamentos, a ostracização cotidiana das minorias, o revanchismo vingativo e a homofobia internalizada.
    A beleza desta história não se encontra em aventuras heroicas, explosões, peripécias e um clímax intenso; se encontra, antes, nas teias de relações humanas e inseguranças pessoais que se escondem por detrás dos detalhes da vida cotidiana.
    Por ter sido escrita dos dezesseis aos dezenove anos, a história amadurece junto com o autor e perpassa vários estilos de escrita ao longo dos capítulos. O próprio tipo de foco narrativo reflete a mentalidade de um adolescente que entra num período de transição até tornar-se um jovem adulto.

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